como passaram nessa semana? Espero que estejam bem.
Bom, decidi finalmente postar sobre uma lenda que me cotou muito, e acho que como eu muitas pessoas ainda não a conhecem.
Tradições:
Antigamente os japonês acreditavam que os cachorros sentiam a presença de onis ( demônios) e os afastavam, pois os japoneses acreditavam que os onis vinham disfarçados de pessoas para invadirem os lugares e atrapalharem a vida das pessoas.
Os talismãs do hariko inu são antigos e ainda muito usados. É em forma de cachorrinho feito de papel machê.
Esses talismãs são muito usados para proteger crianças e bebes.
Lenda:
“Durante sua peregrinação na ilha de Shikoku, o monge Kukai passou a noite na cabana de um lavrador. O dono da casa era um senhor muito amável e o hospedou com grande alegria e cordialidade. Kukai, então, disse que gostaria de recompensá-los pela hospedagem e pediu que dissessem como ou quanto deveria pagar.
O lavrador recusou pagamento, mas, devido à insistência do monge, disse que gostaria de receber um amuleto e justificou:
- Nós não tivemos sorte com o tempo nesses últimos anos. Nossa plantação de arroz tem sido devastada por javalis selvagens e, quando os cachos de arroz estão madurando, são devorados pelos pássaros. Sem dizer que, às vezes, existem secas em época de crescimento ou enchentes antes da colheita.
O monge, então, rabiscou alguma coisa em um pedaço de papel, depois dobrou-o cuidadosamente em forma de envelope. Essa dobradura foi pregada na porta do celeiro.
Naquele ano, a colheita foi normal, nenhuma intempérie veio a prejudicar a boa safra. No ano seguinte, a mesma felicidade. Os agricultores festejaram a boa colheita com um festival de tambores e danças. No terceiro ano, a mesma coisa.
O agricultor e a esposa estavam muito felizes com a simpatia que o monge Kukai havia lhes presenteado. Porém, durante os três anos a curiosidade foi crescendo, crescendo e até que, não aguentando mais, abriram o papel para ver o que o monge havia rabiscado ali.
Não deu tempo de o casal ver o que estava escrito no papel. Bastou começar abrir a dobradura e um cachorro pulou para fora do papel. O cachorro sumiu, nunca mais voltou, e ninguém sabe para onde ele foi. O papel estava em branco, mas o lavrador e sua esposa haviam visto Kukai rabiscar alguma coisa nele. Desde então, a colheita não foi mais boa. Como se houvesse perdido a proteção divina, a plantação de arroz passou por toda sorte de dificuldades, até mesmo ataque de insetos.
O pessoal da aldeia raciocinou que o cachorro estava protegendo a casa e a plantação de arroz. E, desde então, passaram a confeccionar pequenos cachorros de papel machê, para ficar de guarda, protegendo a casa e as crianças enquanto os pais trabalhavam na roça.
Restou a curiosidade do povo. Alguns disseram que o monge teria escrito simplesmente a palavra inu (cão); outros disseram que ele fez desenho de um cachorro, pois, além de monge, calígrafo e poeta, era excelente desenhista. Há também estudiosos de seitas que afirmam que Kukai escreveu Inukami, que pode ser traduzido como “deus cão” (inu=cão e kami = deus). Uma vez que papel também é kami em japonês, quando o casal abriu a dobradura, a palavra ganhou vida e materializou-se em animal. “
talismã Hariko Inu
beijos kkk
Mei
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